Revelação

Fluxo de consciência
Nesse dia nem frio nem quente uma noite de segunda feira mansa e cansada, surto, quero livro, é livro sempre é um bom presente, mais tem uma preocupação será que lerei todos acho que sim, mas tenho que organiza-los, mais não é só para mim, é presente também, “mas em casa de ferreiro espeto é de pau”, esse é meu único vicio ela não vai brigar prometo que dessa vez na casa nova vou organizar tudo, livro e uma coisa que eu pagaria milhões, mais aqui nessa loja um piquitutinho de livro que cabe na palma da mão do tamanho do meu polegar custa vinte e nove reais, é, dependendo do conteúdo eu pago até sem reais, se eu tivesse.
 Como colocaram toda a obra de Machado de Assis nesse tão piquitutinho exemplar?  Lá vem a vendedora vou falar que só estou olhando, poxa estou duro, sei que muitos comentam que para eu não existe a palavra sem dinheiro, coitados estão muito enganados, “vem as cachaças que eu tomo, mas não o tombo que eu levo”.
Porque quando estamos em duvida colocamos muitos é, mais, não sei, será, talvez ou mas, quantos mas e é eu pensei, deixa pra lá que bobeira.
 Mas ainda estou indeciso comprar ou não comprar eis a questão, “ta na chuva e pra se molhar”, lá vem a vendedora novamente, “água mole e pedra dura tanto bate até que fura”, será que é assim que eles pensam? Vou perguntar o preço, não, não vou comprar mesmo, mas vou perguntar o preço, “dezenove reais”, está melhorando. Essa é tão verdadeiro como uma moeda de um real garota, estou quase cumprimentando você pela resposta, “vão-se os anéis e ficam os dedos” e como "a voz do povo é a voz de deus", vou comprar.
Sai da loja sem unzinho acho que vou voltar, não vou levar um livrinho se quer? Já sei, um estalo veio inesperadamente em uma boa hora, também pensar às vezes não é “bicho de sete cabeças”, muitos que tem o “rei na barriga” de orgulho não faria isso, mais eu faço! Faça um calculo comigo, um bilhete de trem e a baldeação e de graça para o metrô, sem falar nos preços de livros que eu irei encontrar, mas falamos depois, o trem não demorou  já vem ele tilintando os trilhos com uma nova aparência tão diferente que bota no museu os primórdios, pêra ai... sem ir muito longe uma década atrás, o que me incomoda é esse ar gelado, mas pouco importa só ficarei cinco estações a frente mesmo,  ainda bem que não precisarei sair da estação a noite de Sampa está um perigo ultimamente. Beleza cheguei, onde está, vou subir as escadas, aqui está uma das coisas mais inteligente que fizeram, a engenharia do local também, mais não é disso que estou falando, “o pior sego é aquele que não quer ver”, olha aquilo ali, uauuu... “pague quanto acha que vale”.
Deixa eu ver, espera ai, não tem, olha o metrô vou pra Sé, droga perdi, mas o próximo vem rápido, chegou, nossa não esperava tanta gente nesse horário, tem quantas pessoas nesse vagão uns cinquenta ou sessenta, só um lendo, o resto panguando ou pensando na morte da bezerra, mas deixa eu ficar quieto, "boca fechada não entra mosca", opa desço aqui, cadê? Onde está? a escada rolante, lá está nossa quanta variedades, duas maquinas, eu vim de “onde Judas perdeu as botas”, mais sempre vale apena o esforço para uma boa leitura, isso aqui mesmo que seja para os governantes “tampar o sol com a peneira”, é um fácil acesso a sabedoria.

Bom vou embora ganhei a noite, levarei para fazer jus ou não a frase: “O homem é senhor do que pensa e escravo do que fala”.
                                                                                                          Texto de: Donizete Souza

Comentários

  1. (...)Como colocaram toda a obra de Machado de Assis nesse tão piquitutinho exemplar? Lá vem a vendedora vou falar que só estou olhando, poxa estou duro, sei que muitos comentam que para eu não existe a palavra sem dinheiro, coitados estão muito enganados, “vem as cachaças que eu tomo, mas não o tombo que eu levo”.

    Mano,engraçado demais rsrs

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