A pai, Cho nada!
A pai Cho nada!
Narro aquilo que
vi em cidades perdidas, pois lá não tem meninas metidas, só a ingenuidade de
outrora, que por muito tempo foi-se embora.
Em uma pequena cidade S.P ao norte,
ha uma donzela sem sorte, apostou seu amor numero um, em um sujeito que destina
sua vida a um copo de 51.
Bêbado
Jucelino é seu nome, grita o infeliz, “bebo pra abrir o apetite, bebo quando
assim estou triste, bebo quando também estou alegre, bebo por tudo que se
preze.”
Como
o mundo segue no avesso, Juneide com certo apreço, louca para sair de casa, até
antes de se tornar mulher, bota-te de joelho com muita fé, “O meu santo
casamenteiro quero um homem seja quem for o elemento, mas não vivo mais sem
casamento” fez-se assim o seu pedido, um cachaceiro popular cruzou sua pista, não
houve nem jogo de conquista, à atrapalhada de São João da boa Vista sofreu de
amor a primeira vista.
Diz o
Jucelino: “A primeiro zoio”.
O
garoto de 19, tão popular no bairro que comove, era dono de punhado de defeito,
mas era bom sujeito, não podia ver um rabo de saia no sossego que logo ia
botando chamego.
A
menina por sua vez servia-se de bandeja sua nudez, a garota atrapalhada despenca
com uma tropeçada, usava veste de noitada no dia, seguindo orientação de sua
prima Maria, sua prima oferecida como era, sempre aprontava sem espera, não
escondia o seu pudor, servia de primeiro a qualquer caçador. Coitada de Juneide
sem ninguém para confiar, deixou sua prima assim aconselhar, “não se intimide
Juneide, não se acusa se entregue e abusa”.
Assim
foi a danada tão ingênua e tão coitada, de quatro abaixar para os papeis
organizar, viu de longe um sujeito todo a bambear vai pra lá, e vem pra cá, cara
de pau! A te olhar.
- Meus papeis
estão tudo istrupiado, disse Juneide.
- Essa e uma
visão do céu, disse Jucelino.
José
Dantas e Maria Dantas sua mãe talvez, seu pai por vez, deixa explicar pra
vocês, sua mãe tão mãe não era, era apenas de consideração pois progenitora não
foi não, porém era sua paixão, seu pai homem de verdade criou-a sozinho até à
mocidade.
Jucelino: Essa e
a visão do inferno, disse ele quando apareceu José Dantas.
Minha filha o
que aconteceu aqui? Pergunta José Dantas.
Juneide: Eu trupiquei,
e istatelei tudo os papeis no chão, até o que tinha para postulação.
Maria Dantas:
Minha filha está encima da hora de postular.
Jose Dantas:
Agora vamos ter que procrastinar.
Juneide: Perdão
pape, vou organizar.
O
tal bêbado cafajeste, na mente nada que preste, caminha em direção de Juneide
segura sua mão e diz:
- Posso pocratina com você?
Entona juntos,
assustados os enganados: - O que?
Juneide com
olhar apaixonado diz. - Aacho que estou, estou em oce!
Jucelino: Eu
estava ali olhando para o seu zoio.....que zoio bonito.
José Dantas:
Para tudo, o que esta acontecendo aqui?
Era só o que me faltava.
Juneide: Acho
que estou, estou, estou.
Maria Dantas:
Por esse cachaceiro?
Jucelino: Epa,
cachaceiro é quem faz cachaça, eu só consumo.
Juneide: Se amor
é “Pa te” de coração eu quero.
Jucelino:
Prefiro patê de sardinha!
José Dantas: O
que você quer com minha filha?
Jucelino:
(sorriso cínico) Oce sabe não?
José Dantas: Não
Jucelino: E que
esse nigocio que tu disse ai sabe, esse nigocio de procatinação me deu uma
certa excitação.
Maria Dantas:
Você sabe o que é procrastinar?
Jucelino: Posso
falar, a se, se, senhora não vai gostar.
José Dantas: Se
ele estiver confundindo, com procriar, acasalar, entre outros sinônimos proposto
por ai, eu mato! Cho daqui bêbado imprestável.
Juneide: A pai Cho nada!
Jucelino: É pai Cho nada.
José Dantas: Eu
não aprovo!
Juneide: Maria
fale com pape.
Todos
ficaram parados no tempo, feito estatuas no relento Juneide cochichou no ouvido
do tal sujeito, explicando o que diz respeito.
Jucelino: A é
isso ai que é o tar de proscatinação?
?????????????
Será que haverá
consentimento?
Seu pai não quer
nem saber de casamento
sua madrasta com
uma certa resistência,
Sempre sede a
filha por clemência.
A mulher
convenceu o marido por existência,
homem prumado
advogado e letrado,
se viu
encurralado.
“Tudo bem”
A menina
apavorada, apreçada para casar,
revelou que a
palavra procrastinar era adiar,
e adiou a chance
naquele momento,
Jucelino não
queria saber de casamento.
Texto de: Donizete Souza
Texto de: Donizete Souza
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